Mimosa era forte.
Não havia no Norte,
uma vaca mais saudável.
Tetas grandes,
davam fartura em leite.
A mãe, todas as manhãs,
chamava Isabela
para tirar o leite dela.
A menina, toda contente,
saía cantarolando
com seu banquinho
e um balde na mão.
Primeiro a acariciava
e conversava com ela.
De tanta intimidade,
tornaram-se amigas.
E a mimosa sentia-se à vontade.
E na manhã seguinte:
tudo continuava.
A estação mudou.
A chuva não veio.
O capim secou.
Mimosa ficou magra e morreu.
O tempo passou.
E a menina triste,
com seu banquinho,
nunca mais cantou.
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