Nelson Werneck Sodré, General reformado do Exército Brasileiro, em plena Revolução de 64 proclamava-se socialista teórico. Seus livros tinham base marxista. Em Ofício de Escritor ele defende que a arte e a literatura devem ser engajadas. Arte pela arte é coisa de burguês. Nada constrói para o desenvolvimento social. A arte deve ser engajada em defesa das classes exploradas. Deve denunciar a exploração, a corrupção, a falta de ética.
A arte, portanto, deve se preocupar, no caso brasileiro, com os magnos problemas que afligem nosso País: Educação, Saúde, Trabalho, Segurança, Moralidade, Justiça – nossas principais carências.
A maioria das nossas músicas atuais dão a entender que vivemos num mundo sem problemas, num mar de rosas, são xarope, flor de laranja.
Luís Gonzaga sem educação formal, contundentemente mostrou as mazelas do Nordeste: as secas e o êxodo nordestino. Cantou a natureza. A cachoeira de Paulo Afonso, a Asa branca, o Chico-Preto.
Gangorra – Jornal Diário do Povo. Rodrigues dos Santos
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