Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegrama?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
31 dezembro, 2011
O português odiava o gato da esposa e resolve dar um fim no coitado.
Coloca o bichinho dentro de um saco, joga no porta-malas do carro e o abandona a 20 quadras de sua casa.
Quando retorna, lá esta o gato em frente ao portão. Nervoso, o português repete a operação e abandona o bichinho a 40 quadras de sua casa.
Quando retorna, novamente encontra o gato em frente ao portão.
Mais nervoso ainda, pega o gato e anda 10 quadras para a direita, 20 para a esquerda, 30 para baixo e diz:
- Agora quero ver!
Cinco minutos depois liga para a esposa:
- Maria, o gato está por aí?
- Ele esta chegando, por que?
- Põe o filho da puta no telefone, que eu estou perdido!
Coloca o bichinho dentro de um saco, joga no porta-malas do carro e o abandona a 20 quadras de sua casa.
Quando retorna, lá esta o gato em frente ao portão. Nervoso, o português repete a operação e abandona o bichinho a 40 quadras de sua casa.
Quando retorna, novamente encontra o gato em frente ao portão.
Mais nervoso ainda, pega o gato e anda 10 quadras para a direita, 20 para a esquerda, 30 para baixo e diz:
- Agora quero ver!
Cinco minutos depois liga para a esposa:
- Maria, o gato está por aí?
- Ele esta chegando, por que?
- Põe o filho da puta no telefone, que eu estou perdido!
COGITO
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim
(from Os últimos dias de paupéria, 1982)
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim
(from Os últimos dias de paupéria, 1982)
LÍNGUA DIFÍCIL
Amar na primeira pessoa
do presente do indicativo singular,
é estar sempre no castigo.
Amar na segunda pessoa
é estar ausente do sacrifício,
mas se colocando no lugar do amigo.
Amar na terceira pessoa,
é estar fora do castigo e do sacrifício,
porém solidário com o amigo.
Amar na primeira pessoa,
do presente do indicativo plural,
é compartilhar, com os amigos,
no castigo e no sacrifício.
Amar na segunda pessoa
é homenagear-vos que viveis
no castigo e no sacrifício.
Amar na terceira pessoa,
é ovacionar os que lutam,
mesmo estando, no castigo
e no sacrifício.
do presente do indicativo singular,
é estar sempre no castigo.
Amar na segunda pessoa
é estar ausente do sacrifício,
mas se colocando no lugar do amigo.
Amar na terceira pessoa,
é estar fora do castigo e do sacrifício,
porém solidário com o amigo.
Amar na primeira pessoa,
do presente do indicativo plural,
é compartilhar, com os amigos,
no castigo e no sacrifício.
Amar na segunda pessoa
é homenagear-vos que viveis
no castigo e no sacrifício.
Amar na terceira pessoa,
é ovacionar os que lutam,
mesmo estando, no castigo
e no sacrifício.
A RUA
toda rua tem seu curso
tem seu leito de água clara
por onde passa a memória
lembrando histórias de um tempo
que não acaba
de uma rua de uma rua
eu lembro agora
que o tempo ninguém mais
ninguém mais canta
muito embora de cirandas
(oi de cirandas)
e de meninos correndo
atrás de bandas
atrás de bandas que passavam
como o rio parnaíba
rio manso
passava no fim da rua
e molhava seu lajedos
onde a noite refletia
o brilho manso
o tempo claro da lua
ê são joão ê pacatuba
ê rua do barrocão
ê parnaíba passando
separando a minha rua
das outras, do maranhão
de longe pensando nela
meu coração de menino
bate forte como um sino
que anuncia procissão
ê minha rua meu povo
ê gente que mal nasceu
das dores que morreu cedo
luzia que se perdeu
macapreto zé velhinho
esse menino crescido
que tem o peito ferido
anda vivo, não morreu
ê pacatuba
meu tempo de brincar
já foi-se embora
ê parnaíba
passando pela rua
até agora
agora por aqui estou
com vontade
e eu vou volto pra matar
essa saudade
ê são joão ê pacatuba
ê rua do barrocão.
In: TORQUATO NETO. Os últimos dias de paupéria: do lado de dentro. Org. Ana Maria S. de Araújo Duarte e Waly Salomão. 2.ed. rev. e aum. São Paulo: M. Limonad, 1982
tem seu leito de água clara
por onde passa a memória
lembrando histórias de um tempo
que não acaba
de uma rua de uma rua
eu lembro agora
que o tempo ninguém mais
ninguém mais canta
muito embora de cirandas
(oi de cirandas)
e de meninos correndo
atrás de bandas
atrás de bandas que passavam
como o rio parnaíba
rio manso
passava no fim da rua
e molhava seu lajedos
onde a noite refletia
o brilho manso
o tempo claro da lua
ê são joão ê pacatuba
ê rua do barrocão
ê parnaíba passando
separando a minha rua
das outras, do maranhão
de longe pensando nela
meu coração de menino
bate forte como um sino
que anuncia procissão
ê minha rua meu povo
ê gente que mal nasceu
das dores que morreu cedo
luzia que se perdeu
macapreto zé velhinho
esse menino crescido
que tem o peito ferido
anda vivo, não morreu
ê pacatuba
meu tempo de brincar
já foi-se embora
ê parnaíba
passando pela rua
até agora
agora por aqui estou
com vontade
e eu vou volto pra matar
essa saudade
ê são joão ê pacatuba
ê rua do barrocão.
In: TORQUATO NETO. Os últimos dias de paupéria: do lado de dentro. Org. Ana Maria S. de Araújo Duarte e Waly Salomão. 2.ed. rev. e aum. São Paulo: M. Limonad, 1982
O filho do Seu Lunga jogava futebol em um clube local, e um dia Seu Lunga foi assistir a um jogo de seu filho no estádio, e o sujeito sentado ao lado pergunta:
- Seu Lunga, qual dos jogadores ali é o seu filho.
Seu Lunga aponta e diz:
- É aquele ali...
- Aquele qual?
- Aquele ali!!!!
- Não tô vendo...
Então Seu Lunga "P" da vida pega uma pedra, joga na cabeça de seu filho e diz:
- É aquele alí que começou a chorar!!!"
- Seu Lunga, qual dos jogadores ali é o seu filho.
Seu Lunga aponta e diz:
- É aquele ali...
- Aquele qual?
- Aquele ali!!!!
- Não tô vendo...
Então Seu Lunga "P" da vida pega uma pedra, joga na cabeça de seu filho e diz:
- É aquele alí que começou a chorar!!!"
30 dezembro, 2011
VERDE TE QUERO VERDE
TUA NASCENTE É BELA
TEU INFINITO É AZUL
POSSO DIZER-TE QUE AMO
AQUI NASCI
DAQUI HEI DE PARTIR.
VERDE DE AMOR
MORENA DE CALOR
CAI A TI UMA
PALAVRA BRILHANTE:
ESPLENDOR.
COMO UM RAIO
QUE TE ILUMINA
ILUMINA MEU CORAÇÃO
QUE FAZ ENCHER-ME DE PAIXÃO.
29 dezembro, 2011
SÓ UMA CERTEZA
- QUEM SOU EU?
- DÚVIDAS E INCERTEZAS!
- QUEM ÉS TU?
- NADA SEI DE TI!
- QUEM SÃO ELES?
- NADA SEI DA VIDA ALHEIA!
- QUEM SOMOS NÓS?
- SÓ SEI QUE SOMOS PÓS!
- DÚVIDAS E INCERTEZAS!
- QUEM ÉS TU?
- NADA SEI DE TI!
- QUEM SÃO ELES?
- NADA SEI DA VIDA ALHEIA!
- QUEM SOMOS NÓS?
- SÓ SEI QUE SOMOS PÓS!
ROSA PARTIDA
A ROSA MAIS CUIDADA
A ROSA BEM REGADA
A ROSA PERFUMADA
DE COR ALVEJANTE
RELUZENTE AO SOL
PÉTALAS BONITAS
A MAIS COBIÇADA.
DE TANTA CONTEMPLAÇÃO,
TORNARA-SE VAIDOSA.
ROSA DESBOTADA
ROSA ENVELHECIDA
ROSA DE COR PÁLIDA
ROSA COM CÂNCER DE PÉTALA.
FECHOU-SE NA ESCURIDÃO
AO FUNDO: O CHÃO.
ROSA QUE FOI VIDA,
AGORA É MORTE.
ROSA QUE NÃO TEM SORTE.
ROSA QUE MURCHOU,
FOI PÓ E AO PÓ RETORNOU.
A ROSA BEM REGADA
A ROSA PERFUMADA
DE COR ALVEJANTE
RELUZENTE AO SOL
PÉTALAS BONITAS
A MAIS COBIÇADA.
DE TANTA CONTEMPLAÇÃO,
TORNARA-SE VAIDOSA.
ROSA DESBOTADA
ROSA ENVELHECIDA
ROSA DE COR PÁLIDA
ROSA COM CÂNCER DE PÉTALA.
FECHOU-SE NA ESCURIDÃO
AO FUNDO: O CHÃO.
ROSA QUE FOI VIDA,
AGORA É MORTE.
ROSA QUE NÃO TEM SORTE.
ROSA QUE MURCHOU,
FOI PÓ E AO PÓ RETORNOU.
28 dezembro, 2011
Todas as crianças haviam saído na fotografia e a professora estava tentando persuadi-las a comprar uma cópia da foto do grupo. - 'Imaginem que bonito será quando vocês forem grandes e todos digam ali está Catarina, é advogada, ou também Este é o Miguel. Agora é médico'. Ouviu-se uma vozinha vinda do fundo da sala: -'E ali está a professora. Já morreu.'
27 dezembro, 2011
26 dezembro, 2011
25 dezembro, 2011
A LENDA DO CABEÇA DE CUIA
lenda do Cabeça de Cuia, assim como quase todas as lendas que fantasiam e atraem a imaginação do povo brasileiro, é contada de várias formas e possui várias versões, e a cada pessoa que a estória é passada, transmite-se novos fatores que acabam por afastar da realidade a verdade sobre a lenda. O Portal Cabeça de Cuia, após grande pesquisa, traz o relato mais próximo do que teria sido a maior das lendas do Piauí:
Crispim era um jovem rapaz, originário de uma família muito pobre, que vivia na pequena Vila do Poti (hoje, Poti Velho, bairro da zona norte de Teresina). Seu pai, que era pescador, morreu muito cedo, deixando o pequeno Crispim e sua velha mãe, uma senhora doente, sem nenhuma fonte de sustento. Sendo assim, Crispim teve que começar a trabalhar ainda jovem, também como pescador.
Um dia, Crispim foi a uma de suas pescarias, mas, por azar, não conseguiu pescar absolutamente nada. De volta à sua casa, descobriu que sua mãe havia feito para o seu almoço apenas uma comida rala, acompanhado de um suporte de boi (osso da canela do boi). Como Crispim jazia de fome e raiva, devido à pescaria fracassada, enfureceu-se com a miséria daquela comida e decidiu vingar-se da mãe por estarem naquela situação. Então, em um ato rápido e violento, o jovem golpeou a cabeça da mãe, a deixando a beira da morte. Dizem, até mesmo, que de onde deveria sair o tutano do osso do boi, escorria apenas o sangue da mãe de Crispim.
Porém, a velha senhora, antes de falecer, rogou uma maldição contra seu filho, que lhe foi atendida. A maldição rezava que Crispim transformasse-se em um monstro aquático, com a cabeça enorme no formato de uma cuia, que vagaria dia e noite e só se libertaria da maldição após devorar sete virgens, de nome Maria.
Com a maldição, Crispim enlouquecera, numa mistura de medo e ódio, e correu ao rio Parnaíba, onde se afogou. Seu corpo nunca foi encontrado e, até hoje, as pessoas mais antigas proíbem suas filhas virgens de nome Maria de lavarem roupa ou se banharem nas épocas de cheia do rio. Alguns moradores da região afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam pelo rio.
Outros também afirmam que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mas, ao se aproximar, e se deparar com outra mulher, ele se irrita novamente e acaba por matar as mulheres.
O Cabeça de Cuia, até hoje, não conseguiu devorar nem uma virgem de nome Maria.
Em 2003, foi instituido pela Prefeitura Municipal de Teresina, o Dia do Cabeça de Cuia, para ser comemorado na última sexta-feira do mês de abril.
Fonte: A lenda do Cabeça de Cuia - Opção inteligente.
Crispim era um jovem rapaz, originário de uma família muito pobre, que vivia na pequena Vila do Poti (hoje, Poti Velho, bairro da zona norte de Teresina). Seu pai, que era pescador, morreu muito cedo, deixando o pequeno Crispim e sua velha mãe, uma senhora doente, sem nenhuma fonte de sustento. Sendo assim, Crispim teve que começar a trabalhar ainda jovem, também como pescador.
Um dia, Crispim foi a uma de suas pescarias, mas, por azar, não conseguiu pescar absolutamente nada. De volta à sua casa, descobriu que sua mãe havia feito para o seu almoço apenas uma comida rala, acompanhado de um suporte de boi (osso da canela do boi). Como Crispim jazia de fome e raiva, devido à pescaria fracassada, enfureceu-se com a miséria daquela comida e decidiu vingar-se da mãe por estarem naquela situação. Então, em um ato rápido e violento, o jovem golpeou a cabeça da mãe, a deixando a beira da morte. Dizem, até mesmo, que de onde deveria sair o tutano do osso do boi, escorria apenas o sangue da mãe de Crispim.
Porém, a velha senhora, antes de falecer, rogou uma maldição contra seu filho, que lhe foi atendida. A maldição rezava que Crispim transformasse-se em um monstro aquático, com a cabeça enorme no formato de uma cuia, que vagaria dia e noite e só se libertaria da maldição após devorar sete virgens, de nome Maria.
Com a maldição, Crispim enlouquecera, numa mistura de medo e ódio, e correu ao rio Parnaíba, onde se afogou. Seu corpo nunca foi encontrado e, até hoje, as pessoas mais antigas proíbem suas filhas virgens de nome Maria de lavarem roupa ou se banharem nas épocas de cheia do rio. Alguns moradores da região afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam pelo rio.
Outros também afirmam que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mas, ao se aproximar, e se deparar com outra mulher, ele se irrita novamente e acaba por matar as mulheres.
O Cabeça de Cuia, até hoje, não conseguiu devorar nem uma virgem de nome Maria.
Em 2003, foi instituido pela Prefeitura Municipal de Teresina, o Dia do Cabeça de Cuia, para ser comemorado na última sexta-feira do mês de abril.
Fonte: A lenda do Cabeça de Cuia - Opção inteligente.
POESIA DA FELICIDADE
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa
24 dezembro, 2011
Na sala de aula
A professora para o Joãozinho: Joãozinho, qual o tempo verbal da frase: 'Isso não podia ter acontecido'? * Preservativo imperfeito, professora!
21 dezembro, 2011
Abandonado
Se você está se sentindo sozinho, abandonado, achando que ninguém liga para você... “Atrase um pagamento"
DIABO
CORRE O ANJO DA DOR
A MIRA DELE NÃO FALHOU
NEM UM HOMEM FOI HUMANIZADO
E O MUNDO FICOU ASSOMBRADO.
“A escola perdeu a vocação humanista e trocou a atenção ao ser humano por uma grande competição estimulada por todos, inclusive pais. O tempo todo busca-se saber quem é o melhor, o mais bonito, etc. e quem não se adéqua é hostilizado.” (Dra. Sueli Damergian)
A MIRA DELE NÃO FALHOU
NEM UM HOMEM FOI HUMANIZADO
E O MUNDO FICOU ASSOMBRADO.
“A escola perdeu a vocação humanista e trocou a atenção ao ser humano por uma grande competição estimulada por todos, inclusive pais. O tempo todo busca-se saber quem é o melhor, o mais bonito, etc. e quem não se adéqua é hostilizado.” (Dra. Sueli Damergian)
LUZ E SOMBRA
Há noites tão escuras
que mesmo quando chega o dia
ainda assim nada se vê
Há noites tão tristes
que mesmo quando chaga o dia
ainda assim pouco se alegra
Mas há noites iluminadas
que nem nos apercebemos que anoiteceu.
Vias de Fato
Sangro à sorte
quando me fincas
teus olhos
Cada olho um gume
Cada gume um corte.
Laerte Magalhães
17 dezembro, 2011
SOLIDÁRIO
Na escola a professora fala: Quem se considerar burro fique em pé.
Passa um tempo e ninguém se levanta até que Joãozinho fica em pé.
-Muito bem joãozinho você se acha burro?
-Não professora é que eu fiquei com dó de ver a senhora aí em pé sozinha.
Passa um tempo e ninguém se levanta até que Joãozinho fica em pé.
-Muito bem joãozinho você se acha burro?
-Não professora é que eu fiquei com dó de ver a senhora aí em pé sozinha.
14 dezembro, 2011
O GAÚCHO E O CAVALO
Num domingo pela manhã, o gaúcho chega em uma igreja com o um belo cavalo. Procura o padre e diz:
-Bá, tchê! Vim aqui para batizar o meu cavalo.
-Batizar um cavalo? Estás maluco? De forma nenhuma eu vou fazer isso!
-Que pena, tchê. – responde o gaúcho - Eu até trouxe dez mil pra pagar pelo batismo, mas tudo bem, se não é possível, eu vou embora.
-Calma, calma. Deixe-me pensar, afinal os animais também são crias do Divino. Eu acho que, na verdade, pensando bem, no final das contas, qual o problema de um cavalo ser batizado, não é mesmo?
-Que bom, tchê. Falou o gaúcho que entrou na igreja com o cavalo, o batizou e pagou os dez mil ao vigário.
Quando ele ia saindo o padre o grita:
-Ei, gaúcho! Não vá te esquecer que, logo, tu tens que trazer o bicho para ser crismado!
-Bá, tchê! Vim aqui para batizar o meu cavalo.
-Batizar um cavalo? Estás maluco? De forma nenhuma eu vou fazer isso!
-Que pena, tchê. – responde o gaúcho - Eu até trouxe dez mil pra pagar pelo batismo, mas tudo bem, se não é possível, eu vou embora.
-Calma, calma. Deixe-me pensar, afinal os animais também são crias do Divino. Eu acho que, na verdade, pensando bem, no final das contas, qual o problema de um cavalo ser batizado, não é mesmo?
-Que bom, tchê. Falou o gaúcho que entrou na igreja com o cavalo, o batizou e pagou os dez mil ao vigário.
Quando ele ia saindo o padre o grita:
-Ei, gaúcho! Não vá te esquecer que, logo, tu tens que trazer o bicho para ser crismado!
O BURACO
A água corre limpa
através do buraco.
A casinha não dá
pra passar uma chuva.
Quem se importa?
É domingo, dia santo, é feriado.
Deixa correr, só é um buraco mesmo.
Caso fosse um buracão,
estava na mão do seu João.
Para pobre é divertimento à altura.
O Moura vem, aí aumenta a cultura.
O Pádua também vem, 100% amém.
Cervejas, whisky e peixa assado.
Domingo, dia santo, é feriado.
Como é bom esse buraco.
Família reunida, não tem discussão,
só muita interação.
Ah! como é bom!
Domingo, dia santo, é feriado no buraco.
através do buraco.
A casinha não dá
pra passar uma chuva.
Quem se importa?
É domingo, dia santo, é feriado.
Deixa correr, só é um buraco mesmo.
Caso fosse um buracão,
estava na mão do seu João.
Para pobre é divertimento à altura.
O Moura vem, aí aumenta a cultura.
O Pádua também vem, 100% amém.
Cervejas, whisky e peixa assado.
Domingo, dia santo, é feriado.
Como é bom esse buraco.
Família reunida, não tem discussão,
só muita interação.
Ah! como é bom!
Domingo, dia santo, é feriado no buraco.
13 dezembro, 2011
HOMENAGEM A LUIZ GONZAGA
Hoje, Luiz Gonzaga, estaria completando 99 anos.
Luiz Gonzaga do Nascimento [1] (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.
Foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertãonordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949) e Baião de Dois (1950).
Asa Branca
Luíz Gonzaga
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração.
Luiz Gonzaga do Nascimento [1] (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.
Foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertãonordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949) e Baião de Dois (1950).
Asa Branca
Luíz Gonzaga
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração.
12 dezembro, 2011
AMOR, MEU GRANDE AMOR
Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções como as paixões
E as palavras
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo ou se sou agua
Amor, meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
(Refrão)
Que tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Me reconheça
(Refrão)
Amor, meu grande amor
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Por favor, me reconheça
By Lêillane[Lê'eh]
CAZUZA
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções como as paixões
E as palavras
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo ou se sou agua
Amor, meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
(Refrão)
Que tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Me reconheça
(Refrão)
Amor, meu grande amor
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Por favor, me reconheça
By Lêillane[Lê'eh]
CAZUZA
O GAGO E O TRANSEUNTE
O gago aborda um transeunte na rua:
- O se... senhor sa... sa... sabe, on... on... de fi... fi... ca a esco... cola de ga... ga... gagos?
- Mas para quê? O senhor já gagueja tão bem
- O se... senhor sa... sa... sabe, on... on... de fi... fi... ca a esco... cola de ga... ga... gagos?
- Mas para quê? O senhor já gagueja tão bem
O AMOR E A SAUDADE
Vagam no mesmo caminho
Unidos como dois pássaros
Recolhem-se no mesmo ninho
Usam a mesma coroa,
Andam na mesma canoa
Tangidos no mesmo vento,
Passam a mesma censura
Seguem a mesma amargura
Que dos tempos alimento.
(Domingos Fonseca)
Unidos como dois pássaros
Recolhem-se no mesmo ninho
Usam a mesma coroa,
Andam na mesma canoa
Tangidos no mesmo vento,
Passam a mesma censura
Seguem a mesma amargura
Que dos tempos alimento.
(Domingos Fonseca)
11 dezembro, 2011
15 ANOS
Teus pelos pubianos
Faz-me ter mais planos.
E viver cem anos.
Teresina, 03 de agosto de 1980
Faz-me ter mais planos.
E viver cem anos.
Teresina, 03 de agosto de 1980
UMA ESTRELA
O genro chegou pra sogra dele e falou; Genro: nossa sogrinha, eu queria que a senhora fosse uma estrela! Sogra: Ai é? Porquê? - pergunta toda feliz. Genro: Porque a estrela mais próxima está a milhões e milhões de kms da terra...
CONSOLO NA PRAIA
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa,te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
A ROSA DO POVO
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
LER É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa,te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
A ROSA DO POVO
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
LER É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO.
O Caipira e o Gênio
Um caipira lá de Minas, durante uma caminhada pelo sítio, encontrou uma lâmpada mágica. O gênio então concedeu a ele três pedidos. Depois de muito pensar, ele pede:
- Me dá um queijo.
Pensou mais um pouco e fez o segundo pedido:
- Me dá outro queijo.
Pensou mais um pouco e fez o terceiro pedido:
- Me dá também uma mulher.
- Por que você pediu dois queijos e só uma mulher? - quis saber o gênio.
- Ah, seu moço... eu fiquei com vergonha de pedir três queijos...
- Me dá um queijo.
Pensou mais um pouco e fez o segundo pedido:
- Me dá outro queijo.
Pensou mais um pouco e fez o terceiro pedido:
- Me dá também uma mulher.
- Por que você pediu dois queijos e só uma mulher? - quis saber o gênio.
- Ah, seu moço... eu fiquei com vergonha de pedir três queijos...
10 dezembro, 2011
ÚLTIMOS DESEJOS
Uma dor assola-me o peito.
Não sei se é medo,
Antes de morrer quero um beijo.
Uma flor sem cheiro,
Um ninho repleto de espinhos,
Sob meu rosto um véu, fel a mel, inferno a céu.
Para desfrutar meus pecados.
Com unhas e dentes desafiar o Diabo,
Ao lado de Deus sentar e sua máscara arrancar
E uma blasfêmia gritar!
Quero uma criança ninar,
Com o canto fúnebre das noites frias.
- Dorme criança sem vida!
As vendidas estão a me esperar,
Com requinte de luxúria vil.
Que lhes seja satisfatória minha última noite de gozo ancestral
E para além do bem ou do mal...
Com espírito hipócrita e antropomorfo,
Dotado de ignavos instintos de porcos.
Não, não desejo reencarnar se possível for.
Eis todos os meus últimos...
E te suplico que não esqueça que,
Antes de morrer quero um beijo
Mesmo sem desejo.
REPUGNAÇÕES & DESEJOS - Eduardo Dantas
Não sei se é medo,
Antes de morrer quero um beijo.
Uma flor sem cheiro,
Um ninho repleto de espinhos,
Sob meu rosto um véu, fel a mel, inferno a céu.
Para desfrutar meus pecados.
Com unhas e dentes desafiar o Diabo,
Ao lado de Deus sentar e sua máscara arrancar
E uma blasfêmia gritar!
Quero uma criança ninar,
Com o canto fúnebre das noites frias.
- Dorme criança sem vida!
As vendidas estão a me esperar,
Com requinte de luxúria vil.
Que lhes seja satisfatória minha última noite de gozo ancestral
E para além do bem ou do mal...
Com espírito hipócrita e antropomorfo,
Dotado de ignavos instintos de porcos.
Não, não desejo reencarnar se possível for.
Eis todos os meus últimos...
E te suplico que não esqueça que,
Antes de morrer quero um beijo
Mesmo sem desejo.
REPUGNAÇÕES & DESEJOS - Eduardo Dantas
09 dezembro, 2011
SILVESTRE
Olho para o céu e vejo uma lágrima.
Não sei se de tristeza ou de alegria.
Só sei que vejo uma lágrima.
Há tempos que a espero.
Surge novamente a esperança.
Tanto que chorei,
já pensava em desistir.
Pensamentos me consumiam.
Sei que agora devo resistir.
Sou assim, sei que sou forte.
Porém, a dúvida me bate.
Será que essa lágrima é suficiente?
ou devo esperar o colírio de Deus agir?
Acho que não tenho que esperar.
Vou fugir, mas para aonde?
Dúvidas, incertezas, incógnitas.
O certo é a utopia.
Estou ficando louco!
As coisas vazias.
A mente cheia de amarguras.
O corpo fraco, a família insegura.
E Deus que não age?
Espero que Ele não seja covarde!
E essa lágrima que não cai?
O céu não é mais o mesmo,
continua, cada vez mais, cinzento.
Não sei se de tristeza ou de alegria.
Só sei que vejo uma lágrima.
Há tempos que a espero.
Surge novamente a esperança.
Tanto que chorei,
já pensava em desistir.
Pensamentos me consumiam.
Sei que agora devo resistir.
Sou assim, sei que sou forte.
Porém, a dúvida me bate.
Será que essa lágrima é suficiente?
ou devo esperar o colírio de Deus agir?
Acho que não tenho que esperar.
Vou fugir, mas para aonde?
Dúvidas, incertezas, incógnitas.
O certo é a utopia.
Estou ficando louco!
As coisas vazias.
A mente cheia de amarguras.
O corpo fraco, a família insegura.
E Deus que não age?
Espero que Ele não seja covarde!
E essa lágrima que não cai?
O céu não é mais o mesmo,
continua, cada vez mais, cinzento.
AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
08 dezembro, 2011
Notícia
Na sala de espera do Hospital, o médico chega para o cara muito nervoso, e diz: - Tenho uma péssima noticia para lhe dar...A cirurgia que fizemos em sua mãe... - Não, Doutor. Ela não é minha mãe...minha sogra! - Nesse caso, então, tenho uma ótima notícia para lhe dar...
FOTOGRAFIA 3x4
BELCHIOR
Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e de ver o verde da cana..
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..
Copacabana, zona norte
e os cabares da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. Como Você.
Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e de ver o verde da cana..
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..
Copacabana, zona norte
e os cabares da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. Como Você.
07 dezembro, 2011
ORELHA QUEIMADA
A loura foi à casa da sua amiga. Quando a amiga a viu, achou estranho que a sua orelha estava queimada e perguntou:
_ O que foi isso, amiga ?!
_ Nem te conto... Eu estava passando roupa quando, de repente, o telefone tocou. Em vez de atender o telefone, eu atendi o ferro.
_ E por que a sua outra orelha também está queimada ?
_ É que depois eu tentei chamar um médico.
_ O que foi isso, amiga ?!
_ Nem te conto... Eu estava passando roupa quando, de repente, o telefone tocou. Em vez de atender o telefone, eu atendi o ferro.
_ E por que a sua outra orelha também está queimada ?
_ É que depois eu tentei chamar um médico.
06 dezembro, 2011
ANÃO LADRÃO
Um anão entra num banheiro público e não alcança o mijatório; pede então para um cara grandão que está ao lado para coloca-lo num banquinho para que ele possa mijar,o cara prontamente atende o pedido....
Quando o cara abre a calça pra mijar o anão olha pro lado e diz
- Pô cara, que saco lindo vc tem...
- Qual é anão? Você é viado?
- Não senhor, sou pequeno, mas sou casado, pai de seis lindos filhos...
- Então qual é a sua?
- É que nunca vi um saco tão lindo quanto ao seu... posso dar uma pegadinha?
- Tá louco, que apanhar nanico?
- Olha seu tamanho, seria covardia, me desculpe é que é realmente extraordinário o seu saco, é de verdade? me deixa dar uma pegadinha pra acreditar.... não tem ninguém olhando...
E assim, de tanto atormentar, o cara diz:
- Vai aí anão pega logo pra parar de encher...
O anão põe a mão numa bola, a outra mão na outra bola e diz:
- Ai malandro!!!!! Isso é um assalto, dá tudo senão eu pulo do banquinho!
Quando o cara abre a calça pra mijar o anão olha pro lado e diz
- Pô cara, que saco lindo vc tem...
- Qual é anão? Você é viado?
- Não senhor, sou pequeno, mas sou casado, pai de seis lindos filhos...
- Então qual é a sua?
- É que nunca vi um saco tão lindo quanto ao seu... posso dar uma pegadinha?
- Tá louco, que apanhar nanico?
- Olha seu tamanho, seria covardia, me desculpe é que é realmente extraordinário o seu saco, é de verdade? me deixa dar uma pegadinha pra acreditar.... não tem ninguém olhando...
E assim, de tanto atormentar, o cara diz:
- Vai aí anão pega logo pra parar de encher...
O anão põe a mão numa bola, a outra mão na outra bola e diz:
- Ai malandro!!!!! Isso é um assalto, dá tudo senão eu pulo do banquinho!
05 dezembro, 2011
O LUTADOR
Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.
Insisto, solerte.
Busco persuadí-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassam levíssimas
e viram-me o rosto.
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue...
Entretanto, luto.
Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste escampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
da maior tontura.
Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.
Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumirá.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
outra sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! É o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.
O ciclo do dia
ora se consuma
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio.
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Se eu tivesse o direito de escolher, jamais queria ser poeta.
FRANCISCO MOURA FILHO
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.
Insisto, solerte.
Busco persuadí-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassam levíssimas
e viram-me o rosto.
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue...
Entretanto, luto.
Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste escampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
da maior tontura.
Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.
Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumirá.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
outra sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! É o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.
O ciclo do dia
ora se consuma
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio.
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Se eu tivesse o direito de escolher, jamais queria ser poeta.
FRANCISCO MOURA FILHO
O senhor é o diabo?
O garotinho chega pro pai e diz:
"Paiê... O senhor é o diabo?"
"Que é isso meu filho? De onde você tirou essa bobagem?"
"É que toda vez que o senhor sai de casa, a mamãe grita para o vizinho:
Pode entrar que o chifrudo saiu!"
"Paiê... O senhor é o diabo?"
"Que é isso meu filho? De onde você tirou essa bobagem?"
"É que toda vez que o senhor sai de casa, a mamãe grita para o vizinho:
Pode entrar que o chifrudo saiu!"
04 dezembro, 2011
Chuva, suor e cerveja
Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrot molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha, veja, deixa
Beija, seja
O que Deus quiser...(2x)
A gente se embala
Se embora se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha
Se beija se molha
De chuva, suor e cerveja...(2x)
Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrot molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha, veja, deixa
Beija, seja
O que Deus quiser...(2x)
A gente se embala
Se embora, se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha
Se beija se molha
De chuva, suor e cerveja...(6x)
Composição: Caetano Veloso
Anúncios Google
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrot molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha, veja, deixa
Beija, seja
O que Deus quiser...(2x)
A gente se embala
Se embora se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha
Se beija se molha
De chuva, suor e cerveja...(2x)
Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrot molhado
E vamos embolar
Ladeira abaixo
Acho que a chuva
Ajuda a gente a se ver
Venha, veja, deixa
Beija, seja
O que Deus quiser...(2x)
A gente se embala
Se embora, se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha
Se beija se molha
De chuva, suor e cerveja...(6x)
Composição: Caetano Veloso
Anúncios Google
BÊBADO NO ÔNIBUS
Já na parte de trás do ônibus, grita de novo: - Desse banco pra frente todo mundo é corno! E daqui pra trás todo mundo é viado! Ao ouvir isto, levantam-se alguns dos passageiros, xingando o bêbado e ameaçando cobri-lo de porrada. O motorista, para evitar confusão, freia bruscamente e todos caem. Um deles se levanta, pega o bêbado pelo colarinho e pergunta: - Fala de novo, safado. Quem é corno e quem é viado? - Agora eu não sei mais. Misturou tudo!
É A NOVA!
É A NOVA!
JOHN LENNON NO PAÍS DA CORRUPÇÃO
Imagine uma pessoa nascer no Brasil
"O País da Corrupção", em uma família pobre.
E ainda ter um irmão. Já imaginou?
Na hora da refeição como será?
Se a comida não dá pra um, imagine pra dois.
Imagine um pai de família desempregado,
com os dois filhos doentes, no país da corrupção.
Sem dinheiro, sem remédio, sem plano. E também de saúde.
IMAGINE!
Imagine como fica a cabeça do político, honesto,
que nasceu nesse mesmo país!
Imagine a dor de um poeta sonhador,
só falando de IMAGINE.
"O País da Corrupção", em uma família pobre.
E ainda ter um irmão. Já imaginou?
Na hora da refeição como será?
Se a comida não dá pra um, imagine pra dois.
Imagine um pai de família desempregado,
com os dois filhos doentes, no país da corrupção.
Sem dinheiro, sem remédio, sem plano. E também de saúde.
IMAGINE!
Imagine como fica a cabeça do político, honesto,
que nasceu nesse mesmo país!
Imagine a dor de um poeta sonhador,
só falando de IMAGINE.
PARADA NO PONTO DA ARTE
Gosto de poesia, não a faço de graça.
Na parada onde há o ponto da arte,
eu espero e aceno com a mão o ônibus
que anda circulando a vida
em preto-e-branco ou em cores.
Se ele parar muito bem,
se não, fiz minha parte.
A F. WILSON OLIVEIRA
Na parada onde há o ponto da arte,
eu espero e aceno com a mão o ônibus
que anda circulando a vida
em preto-e-branco ou em cores.
Se ele parar muito bem,
se não, fiz minha parte.
A F. WILSON OLIVEIRA
Cobras criadas
Ontem, houve uma confraternização,
entre amigos, no bar do seu Rufino.
Lá só tinha cobras criadas.
Eu, como não sou bobo e nem nada,
estive lá, para apender ser,
cobra criada.
entre amigos, no bar do seu Rufino.
Lá só tinha cobras criadas.
Eu, como não sou bobo e nem nada,
estive lá, para apender ser,
cobra criada.
DA GLÓRIA AO FRACASSO
Nada de bom acontece.
Estresso-me, não faço mais sucesso.
De bom só as lembranças.
Vivo a viver do passado
e morrendo no presente.
O presente que está ancorado
o passado no meu pensamento.
Quando eu era estrela
e você comigo, dizia:
O seu sucesso é para a vida inteira.
Na época estava atuando
na peça "O poeta solitário".
Hoje, por ironia do destino,
sou um poeta solitário
e você só me chama de otário.
Estresso-me, não faço mais sucesso.
De bom só as lembranças.
Vivo a viver do passado
e morrendo no presente.
O presente que está ancorado
o passado no meu pensamento.
Quando eu era estrela
e você comigo, dizia:
O seu sucesso é para a vida inteira.
Na época estava atuando
na peça "O poeta solitário".
Hoje, por ironia do destino,
sou um poeta solitário
e você só me chama de otário.
01 dezembro, 2011
REFLEXÃO – Você tem MEDO?
Você tem MEDO? Leia com atenção.
Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Sempre que fazia prisioneiros, levava-os a uma sala onde havia um grupo de arqueiros em um canto e, no outro, uma porta de ferro com figuras de caveiras cobertas de sangue. Nessa sala, ele os fazia ficar em círculo e então dizia:
- Podem escolher: morrer flechados pelos arqueiros ou passar pela porta e lá serem trancados.
Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado, antigo serviçal do rei, disse-lhe:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que há atrás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado abre a porta lentamente e, à medida que o faz, raios de sol vão clareando o ambiente. Quando totalmente aberta, nota que a porta leva à liberdade. O soldado, admirado, apenas olhe seu rei. Este lhe diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir a porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos, por dentro, apenas por medo de abrir a porta de nossos sonhos?
GANGORRA - DP - 30/11/2011.
Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Sempre que fazia prisioneiros, levava-os a uma sala onde havia um grupo de arqueiros em um canto e, no outro, uma porta de ferro com figuras de caveiras cobertas de sangue. Nessa sala, ele os fazia ficar em círculo e então dizia:
- Podem escolher: morrer flechados pelos arqueiros ou passar pela porta e lá serem trancados.
Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado, antigo serviçal do rei, disse-lhe:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que há atrás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado abre a porta lentamente e, à medida que o faz, raios de sol vão clareando o ambiente. Quando totalmente aberta, nota que a porta leva à liberdade. O soldado, admirado, apenas olhe seu rei. Este lhe diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir a porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos, por dentro, apenas por medo de abrir a porta de nossos sonhos?
GANGORRA - DP - 30/11/2011.
Assinar:
Comentários (Atom)