Corremos de um lado para outro esperando descobrir a chave da felicidade. Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica. Achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes.
Há conflitos traçados e precisamos viver com eles. Uns: saem de casa para serem felizes e outros voltam para casa por sentirem-se infelizes. Uma busca infinita.
Anos desperdiçados e a lua nunca está ao alcance da mão de cada um. Nunca o fruto está maduro e a busca continua. Aquela viagem não afastou a infelicidade e o carro novo percorre aquela estrada incerta. É preciso que encontremos felicidade dentro de nós mesmos. É inútil procurar a felicidade com coisas materiais. A felicidade não tem nada a ver com conseguir, mas na satisfação, com que temos.
É preciso que tenhamos alguma coisa a fazer. Não deixe o pensamento vagar no nada. Nenhuma fortuna ocupará o vazio que temos. Devemos ter alguém a amar, alguma coisa a esperar e um Deus para acreditar. Então, seremos felizes.
A loira passeava pelo shopping, quando de repente, encontra uma velha conhecida: - Nossa, maravilhosa! Como você emagreceu! - Pois é... perdi quinze quilos! Eu tive de extrair um rim! - Credo! Eu não sabia que um rim pesava tanto...
Durante alguns anos, tive um carrinho peba, ronceiro, sestroso que, justo por esses atributos, ganhou a alcunha de “jumentinho”. Vez que outra, em momento de maior necessidade, o ordinário me deixava na mão. Ainda assim, na hora de me desfazer do condenado, senti uma pontinha de tristeza. Como o carrinho era azul, julguei ser o motivo do apego. Não era. Na verdade, o que me ligava aocaranguinhoera a placa: LVO – 0564. No desenrolar dessa arenga, vocês entenderão. Diade Reis, noShoppingdaCidade, eu participava, com vivo entusiasmo, da festa organizada pelo professor Vagner Ribeiro. De repente, durante a apresentação doReisado deMãe Feliciana, um dos mais antigos de Teresina, fui abordado por um cidadão humilde, idade inescrutável, com aquele ar de quem não foi acariciado pela vida. Maneiroso, pediu licença para aproximar-se, elogiou a iniciativa da festança (lembram-se daquela sensação do álcool na pele antes da picada da agulha?) e gaguejou: -Professor, eu gosto muito de reisado; sou do interior e acompanhava essa brincadeira quando era menino…Preparei-me para a facada. –Parei pra apreciar a brincadeira, deixei minha bicicleta ali na porta, com minhas ferramentas na garupa e veja o que sobrou dela!Com ar compungido, exibiu o arco de um cadeado pequeno, o arco sem o cadeado, naturalmente.– Veja o senhor: a gente para pra assistir uma festa de santo e vem um malfazejo e leva o pouco que a gente tem… Agora tô aqui precisando de uma passagem pra voltar pra minha terra…Antes de cair no choro, o que me estragaria a maquilagem, saquei os caraminguás que trazia no bolso e entreguei-lhe. Num átimo, o cidadão soverteu-se na multidão. Com seus botões, deve ter dito:engabelei mais um otário… O ruim dessa história é saber que está sendodepenadoe não conseguir safar-se. Certa feita, em Salvador, resolvi conhecer a tão decantada Lagoa do Abaeté. Bruta decepção! Na verdade, o trem não passa de um barreiro escuro, cercado de areia branca. Nem tive tempo de curtir meu desapontamento. Fui encurralado por um enxame deciganas, todas devidamente caracterizadas, com aquela prosa preguiçosamente envolvente: “com azeite de dendê, não vai doer nada,meu rei” …Tentei vãmente desvencilhar-me da horda que, como hienas famintas, me cercavam por todos os lados. Uma me falou de “uma loura maldosa que só quer o seu dinheiro”; a outra, de “um sócio que está lhe roubando”, etc. Quando me libertaram, eu estava literalmente na lona. Retiraram-se cantando uma toada alegre e, naturalmente, comemorando a féria conseguida à custa de mais umotário… Ao longo da vida tem sido assim: pressinto afacada,mas não consigo evitá-la. Aparvalhado, acovardado, deixo-me explorar sem reação como uma criança indefesa. Antes que me perguntem onde a placa do carrinho entra nessa história, lembrem-se das letras LVO. Pois é: um amigo gozador decifrou o enigma com a mais absoluta propriedade: “Lá Vai o Otário”. Como diria meu irmão mais lúcido,cada um para o que nasce… Cineas Santos
"Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta: Ta doente, seu Lunga? - Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério eu tava morto!!!" ***
"Entra um sujeito na sucata de Seu Lunga, escolhe um relógio um pouco velho e pergunta: - Seu Lunga, esse relógio presta pra tomar banho? - Eu prefiro um sabonete – Responde Seu Lunga."
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...
Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
- Doutor, como eu faço para emagrecer? Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Quantas vezes, doutor? Todas as vezes que lhe oferecerem comida.
Um dia, uma menina estava sentada observando sua mãe lavar os pratos na cozinha. De repente, percebeu que sua mãe tinha vários cabelos brancos que sobressaíam entre a sua cabeleira escura. Olhou para sua mãe e lhe perguntou: - 'Por que você tem tantos cabelos brancos, mamãe?' A mãe respondeu: - 'Bom, cada vez, que você faz algo de ruim e me faz chorar ou me faz triste, um de meus cabelos fica branco.' A menina digeriu esta revelação por alguns instantes e logo disse: - 'Mãe, por que TODOS os cabelos de minha avó estão brancos?'
A felicidade brota.
O corpo e a mente interagem.
Sinto uma imensa paz.
As dificuldades vêm
e eu as enfrento,
agora sim, com coragem.
O álcool não me perturba mais.
Não estou curado,
tenho convicção.
Mas também não vivo
de dúvidas, nem ilusão.
Como diz o ditado:
Sóbrio mais um dia.
Eu digo: feliz mais um dia.
A moça entra na delegacia e anuncia: - Acabo de ser violentada por um débil mental. - Como tem certeza que era mesmo um débil mental? - Pergunta o delegado. - Certeza absoluta. Tive que ensinar tudo para ele.
Perguntaram ao Dalai Lama... “O que mais te surpreende na humanidade?”. E ele respondeu: “Os homens...
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca tivessem vivido”.
Tântalo é um personagem da mitologia grega que fora condenado a morrer de fome e sede, tendo água e frutos ao seu alcance sem poder tocá-los. Daí dizer-se o mesmo daquele que não pode usufruir das riquezas e bens que o rodeia. Assim está o povo de Teresina, privado do gozo dos bens de sua cidade, porque impostores a esbulharam para suas patuscadas empresariais, sem o mínimo pudor e respeito ao povo. De tantos pontos de estrangulamento da liberdade e dos direitos, permitam-me agitar algumas indignações: da Frei Serafim, da burocracia, da tributação, dos ônibus.
A Avenida Frei Serafim é o principal corredor de ligação entre o Centro de Teresina e a zona Leste. É também a principal via de acesso aos polos de saúde e de educação e cultura da capital. Por isso, tudo deve ser feito para tornar essa via o mais livre possível, alargamento, viaduto, pontes, mas não reforma apenas de tinta. No governo passado, a prefeitura gastou uma fortuna para criar mais uma pista de cada lado, removendo poste, placas, quebrando calçadas etc. O efeito foi sentido de imediato por todos os usuários diuturnos da avenida. Todos, ônibus, táxis, carros de passeio, motos e até bicicletas deslizaram mais lépidos.
Mas eis que, recentemente, a prefeitura houve por bem instituir a faixa exclusiva para ônibus, ou muito mais. Dividiu ao meio a avenida: metade para os ônibus e metade para todos os demais usuários da via pública. O resultado todos testemunham: voltamos para pior que nos tempos d’antanho. Fica ensardinhada a banda de todos e ociosa a banda do SETUT (o sindicato dos empresários de ônibus), que já vencera um reajuste de vinte centavos em cada passagem e obtiveram exoneração de tributo municipal, quando o metrô de São Paulo, após três anos, teve um reajuste de apenas dez centavos. Ora, vê-se que a intenção levou em conta quinhentos ônibus por hora na avenida, quando não passam quinhentos por dia. Os automóveis se multiplicam, é o povo tendo acesso a eles, os ônibus não aumentam e, aliás, tendem a diminuir. A conta foi mal feita, por quem não usou a massa cerebral. Não custa nada reconhecer o erro de cálculo e devolver a avenida ao povo, a todos os teresinenses e ilustres visitantes. Até porque ela foi arrebatada dos legítimos donos sem prévia consulta popular.
Jelinek vaticinava que o Estado é uma forma institucionalizada e armada pela qual os mais fortes impõem seu jugo aos mais fracos. Graça Aranha, de modo mais dramático, protesta que as leis, nascidas de fontes impuras para matar a liberdade fecunda, não exprimem o novo direito; são o escudo perturbador do governo e da riqueza. Os exemplos cotidianos são cada vez mais eloqüentes de opressão do Poder público contra os cidadãos. Temos uma tributação de país socialista e um serviço público de país pré-capitalista. Pagamos quase 40% do PIB de impostos, no entanto, temos que bancar ainda a segurança particular, a escola privada, o plano de saúde, o transporte de automóvel, à míngua de transporte público decente. A Federação brasileira, de quase seis mil unidades federadas, não cabe no PIB, causando a dívida pública. É muito Poder público e pouco serviço público.
Sabem por que a maioria das construções são piratas? Vá à prefeitura licenciar uma obra e verá. É o órgão do meio ambiente, o do patrimônio histórico e cultural. Do lado federal, tem que licenciar a obra perante o INSS, o Crea, o Ministério de tudo. Ao fim, o dinheiro da casa escoou pelos ralos da burocracia. O funcionário, frio, indiferente e sádico se deleita em impor ao cidadão um rosário de procedimentos ocos, que só servem para consumir tempo, dinheiro e torrar a paciência. Restituam a cidade aos legítimos donos, não a afundem na mediocridade, na frouxidão das drogas, do álcool e da prostituição, no usufruto de poucos e dos bu(r)rocratas de plantão. Indignai-vos, porque enquanto um homem sofrer algo, toda a humanidade estará em causa!
FRANCISCO METON MARQUES DE LIMA – professor da UFPI e desembargador do TRT.
LEIA A OPINIÃO NO EDITORIAL. Jornal Diário do Povo. 16-02-2012.